Nos últimos dez anos, a mobilidade urbana de Belém tem sofrido com a falta de priorização em concursos públicos para a SEMOB. Com a retirada dos guardas municipais do trânsito em 2014 e a terceirização de auxiliares de trânsito em 2015, o quadro de agentes tornou-se insuficiente para lidar com a crescente demanda do trânsito na cidade.
Histórico do Déficit
Em 2013, foram aprovados 318 cargos de agentes de trânsito, o que já sinalizava a necessidade de mais profissionais na época. No entanto, a situação piorou após o prefeito Zenaldo devolver os guardas municipais à Guarda Municipal em 2014, a mando do Ministério Público. Isso deixou a SEMOB com um déficit considerável, comprometendo a capacidade de fiscalização no trânsito.
Em 2015, a então superintendente contratou 100 auxiliares de trânsito por meio de uma empresa terceirizada, mesmo com candidatos ainda aguardando nomeação do concurso de 2012. Esse movimento gerou críticas e escândalo, resultando em um contrato reduzido para 50 auxiliares, com um custo anual superior a R$ 2 milhões. Apesar dessa tentativa de compensar o déficit, o problema estrutural permanecia
A Gestão Atual
Em 2021, sob a gestão do prefeito Edmilson, o contrato com a empresa terceirizada não foi renovado. No entanto, durante os quatro anos de gestão, também não houve esforços concretos para a realização de novos concursos públicos. Atualmente, Belém conta com apenas cerca de 130 agentes de trânsito, um dos menores contingentes do Brasil, o que gera preocupações para o futuro da mobilidade urbana.
A Luta do SINTBEL em 2024
A nova gestão do SINTBEL assumiu o compromisso de resolver essas questões de longa data sindicato está lutando: Realização de Concursos Públicos: Para preencher os cargos vagos e melhorar a capacidade de fiscalização do trânsito, essencial para garantir a segurança e fluidez nas ruas de Belém.
- Implicações da Falta de Concursos
- O déficit de agentes de trânsito e transporte não afeta apenas a categoria, mas também a qualidade de vida da população. A falta de fiscalização adequada pode aumentar os riscos de acidentes, gerar congestionamentos em vias importantes, e dificultar o atendimento de emergências. A situação se agrava com a previsão de que muitos servidores antigos se aposentem nos próximos anos, o que pode deixar a cidade com um quadro ainda mais reduzido.
Além disso, eventos como a COP30, que atrairão um grande fluxo de pessoas e veículos para Belém, reforçam a necessidade de novos agentes nas ruas. Sem concursos públicos e a reposição desses cargos, a cidade corre o risco de enfrentar um colapso na mobilidade urbana.