O Brasil enfrenta uma crise de segurança pública que afeta não apenas a população em geral, mas também os servidores públicos que atuam na linha de frente para garantir a organização das cidades. Na última quinta-feira (13/03), mais um episódio trágico se somou às estatísticas alarmantes de violência contra agentes de trânsito. José Domingos da Silva, agente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, foi assassinado a tiros enquanto realizava seu trabalho.
O crime aconteceu na Rua Osíris Magalhães de Almeida, na Vila Sônia, zona oeste da capital paulista. A tragédia foi registrada pela câmera corporal que o agente utilizou no momento da abordagem, evidenciando a brutalidade do ataque.
O QUE ACONTECEU?
Local : Rua Osíris Magalhães de Almeida, Vila Sônia, São Paulo.
Horário: Por volta das 8h45.
Registro: A câmera corporal do agente registrou o momento do crime.
De acordo com informações divulgadas pela imprensa, o crime teria ocorrido após uma discussão entre o agente e um motociclista. No vídeo da câmera corporal, é possível ver o momento em que José Domingos tenta conversar com o motociclista, que reage de forma agressiva. Em seguida, o criminoso saca uma arma e atira contra o servidor. Ele ainda tenta correr, mas acaba sendo atingido mortalmente.
O autor dos disparos descobriu logo após o crime e está sendo procurado pelas autoridades. A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação para identificar e prender o responsável.
AUMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA AGENTES DE TRÂNSITO
Esse não é um caso isolado. A violência contra servidores que atuam na fiscalização de trânsito tem crescido de forma alarmante em diversas cidades do Brasil. Segundo dados da Associação Nacional dos Agentes de Trânsito do Brasil (AGT Brasil) , apenas em 2023, foram registradas mais de 1.200 agressões contra agentes de trânsito em todo o país.
Entre os ataques mais frequentes estão:
Agressões físicas (socos, chutes e empurrões); Ameaças de morte e intimidações; Uso de armas de fogo contra servidores ;Atropelamentos propositais para evitar autuações.
O episódio de José Domingos é mais um episódio que escandaliza a falta de proteção oferecida a esses profissionais, que desempenha uma função essencial para a organização e segurança do trânsito de assassinato.
A CATEGORIA EXIGE MAIS SEGURANÇA!
A morte do agente José Domingos levanta um debate urgente: como garantir a segurança dos servidores que fiscalizam o trânsito e enfrentam diariamente situações de risco?
O SINTBEL , assim como outras entidades sindicais e associações de agentes de trânsito, exige disposições imediatas do poder público para coibir a violência contra a categoria e reforçar a segurança durante o exercício da função.
Entre as medidas possíveis, destacamos:
Aumento do policiamento em áreas de fiscalização; Legislação mais rígida para crimes contra agentes de trânsito ; Câmeras corporais obrigatórias para todos os agentes – uma ferramenta essencial para abordagens de registradores e garantir a segurança dos servidores; Campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância e o respeito ao trabalho dos agentes de trânsito; Criação de uma força-tarefa nacional para mapear e combater os crimes contra servidores da mobilidade.
A impunidade não pode continuar! Agredir ou assassinar um agente de trânsito é um crime contra toda a sociedade, pois esses profissionais atuam para garantir um trânsito mais seguro e organizado.
JUSTIÇA PARA JOSÉ DOMINGOS!
O SINTBEL manifesta sua solidariedade à família e amigos do agente José Domingos da Silva, prestando apoio irrestrito aos colegas de profissão que diariamente enfrentam desafios e riscos para cumprir seu dever.
Não podemos permitir que mais vidas sejam perdidas!
A sociedade precisa se mobilizar para exigir JUSTIÇA e segurança para todos os servidores públicos que atuam na mobilidade urbana.
Compartilhe esta notícia e fortaleça essa luta! O respeito aos agentes de trânsito é um dever de todos!
